Transporte de animais vivos prejudica a Pecuária / Agricultura / Pescas familiares e a economia local

Os animais destinados ao abate e consumo são actualmente sujeitos a condições cruéis e insalubres durante o percurso para o abate, principalmente durante viagens longas entre países que podem durar vários dias, contra todas as recomendações de bem-estar animal.
Tal prática é também lesiva da saúde pública, uma vez que a violência e o stress induzido aos animais reflete-se no aumento de toxinas na carne e, consequentemente, na sua qualidade e segurança para consumo humano.

A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar já admitiu que os animais transportados vivos podem sofrer fome, sede, e exaustão por falta de espaço e de repouso durante o trânsito, chegando muitos deles feridos ou mesmo mortos aos países de destino.
O caminho certo a seguir é a adopção de medidas no sentido de promover a agricultura familiar e as economias locais, quer no contexto da agricultura quer no contexto da pecuária, e em caso de haver exportação/ importação entre países, que sejam seguidas regras de manutenção de qualidade dos produtos (transporte, armazenamento, etc.) e, neste caso, de bem-estar animal.
Não há qualquer necessidade de se proceder ao abate de um animal noutro país que não o de origem, nem de fazer um animal passar por um processo longo de transporte, sem condições, para chegar a um destino onde irá ser abatido. É muito mais lógico, e a todos os níveis muito mais saudável, que o abate seja feito o mais perto possível da zona de produção, e em caso de exportação/importação a priori, e que só depois haja a exportação da carne. Afinal de contas, já não vivemos na Idade Média e temos hoje sofisticados meios de refrigeração e conservação de alimentos.

O que defende o ADN:
– O ADN sabe que o bem-estar animal tem implicações nos alimentos, quer na sua qualidade quer na segurança para consumo humano;
– O ADN sabe que a EU tem falta de coragem (ou está sujeita a mais um lóbi) ao não propor o fim da exportação de animais vivos para abate;
– O ADN defende a adopção de medidas no sentido de promover as economias locais, quer no contexto da pecuária, da agricultura ou das pescas, e em caso de haver exportação/ importação entre países, que sejam seguidas regras de manutenção de qualidade dos produtos (transporte, armazenamento, etc.) e, neste caso, de bem-estar animal.

O que propõe o ADN:
– A criação de condições de bem-estar de qualquer animal, durante o transporte até ao seu destino (seja para abate ou outros fins), nomeadamente no que diz respeito a: espaço disponível, regulação de temperatura do transporte, fornecimento de água, comida e repouso durante o trânsito (parâmetros adequados em função da espécie);
– A limitação do transporte de animais vivos até ao local de abate a um tempo máximo total de 8 horas.
– Pugnar pelo fim da importação de animais de criação vivos para países terceiros à União Europeia;

O ADN considera que, com estas medidas, os custos de produção dos alimentos de origem animal não irão sofrer aumentos significativos, uma vez que tempos de viagem mais curtos irão favorecer cadeias de abastecimento igualmente mais curtas e vão incentivar a economia local. Mas, dependendo do tipo de empresa, poderá haver custos de adaptação às novas regras (investimento em veículos, restruturação de modelos de negócio, etc), pelo que, consideramos que pode ser necessário um período de transição de 5 anos, e benefícios fiscais para os operadores que implementem as regras mais cedo, a partir da data da sua implementação até ao fim do período de adaptação.

 
 

 

 

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O ADN é o único partido que nunca permitirá que mexam nas leis fundamentais.

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