Ilustre leitor, previamente à continuidade da perlustração deste artigo, convido-o a meditar acerca dos seus princípios éticos e filosóficos. Se não concorda com a liberdade individual, a igualdade de direitos e a razão como princípio norteador da ação humana, suplico que desista de prosseguir com a leitura. Tais premissas são fundamentais para a presente exposição, e sem elas, não será possível compreender plenamente o conteúdo a ser apresentado.
A psicologia social é um campo fascinante da psicologia que se dedica a compreender como as interações sociais afetam o comportamento humano. Ela se concentra em estudar como as pessoas pensam, sentem e agem em relação aos outros, bem como como os grupos e as instituições sociais influenciam essas ações.
A psicologia social tem revelado que o comportamento das massas é, de facto, muito diferente do comportamento dos indivíduos isolados. As pessoas tendem a seguir o comportamento dos outros quando estão em grupo, e isso pode levar a comportamentos irracionais e até mesmo, ridículos ou violentos. A psicologia social também tem mostrado que as pessoas são altamente influenciadas pelas normas sociais e pelas expectativas dos outros, e que essas influências podem ser usadas para moldar o comportamento das massas.
O medo da exclusão ou separação do grupo é um dos principais motivadores do comportamento humano. O indivíduo tem uma necessidade inata de pertencer a um grupo e, como tal, é propenso a seguir as normas e expectativas do grupo para evitar a exclusão. Este medo é amplificado quando as narrativas dominantes são repetidamente reforçadas, fazendo com que as pessoas se sintam pressionadas a se conformar a essas narrativas, mesmo que isso signifique abdicar de seus próprios pensamentos e opiniões, ou direitos, liberdades e garantias em razão de “uma falsa sensação de segurança”.
Pensadores como Solomon Asch e Henri Tajfel demonstraram como a conformidade social pode levar ao silencio das opiniões individuais e à validação do pensamento único. Asch, por exemplo, mostrou como indivíduos eram propensos a dar respostas erradas em testes de percepção para se conformar às respostas dadas pelo grupo, enquanto Tajfel descobriu que as pessoas eram propensas a se juntar a grupos arbitrários apenas para evitar a exclusão.
A falta de valorização da individualidade e o esquecimento dos valores de livre pensamento e busca pela razão tem permitido que as sociedades sejam vulneráveis às narrativas manipuladoras e controladoras, que podem ser aceitas e seguidas sem questionamento.
Foi o que assistimos recentemente tomar palco no mundo, a conduta de silenciamento ou censura de opiniões e ideias divergentes, bem como o incentivo à coesão. Este tipo de conduta é conhecido como autoritarismo ou totalitarismo.
Outra coisa que assistimos foi a técnica da “estigmatização” ou “estereotipagem negativa”. A estigmatização é um processo pelo qual as pessoas ou grupos são rotulados de forma negativa e discriminada devido a características ou comportamentos percebidos como atípicos ou desviantes… lembra-se?
Estas abordagens buscam controlar a informação e as opiniões disponíveis, silenciando aqueles que expressam ideias ou opiniões diferentes daquelas aprovadas pelo governo. Isso é geralmente feito através de meios de comunicação controlados, repressão policial, e outras formas de intimidação. O objetivo é manter a coesão e evitar dissidências, a fim de manter o poder e controlar a sociedade. Esse tipo de conduta é inaceitável e viola os princípios democráticos e de direitos humanos…
Coloca-se a questão; por que este exercício de controlo psicológico social foi posto e prática?
Já sabendo “como” isto foi possível acontecer, com apoio e conivência inclusive das Big Tech… Falta perceber porquê?
Ora, a indústria farmacêutica é considerada uma das maiores e mais poderosas indústrias do mundo. De acordo com estudiosos e autores conceituados, a indústria farmacêutica tem um poder e capacidade de lobby significativo. Isso inclui a capacidade de influenciar a forma como a política de saúde é formulada e implementada, bem como a capacidade de influenciar a regulamentação e a pesquisa científica. Alguns autores argumentam que a indústria farmacêutica tem uma forte presença no governo e no setor regulatório, e que isso pode levar a decisões políticas e regulatórias que beneficiam os interesses da indústria em detrimento dos interesses públicos.
Além disso, a indústria farmacêutica tem uma grande capacidade de investir em pesquisa e desenvolvimento, o que lhe permite desenvolver novos medicamentos e tecnologias. Isso também lhe permite influenciar a direção da pesquisa científica, levando a preocupações sobre como isso pode afetar a objetividade e a independência da pesquisa.
Existem também alguns casos conhecidos de lobbies da indústria farmacêutica no passado relacionados à ONU e à OMS. Um exemplo é a questão das patentes de medicamentos para doenças tropicais negligenciadas, onde a indústria farmacêutica foi acusada de influenciar as políticas da OMS para proteger seus interesses de patentes em detrimento do acesso a medicamentos para populações em desenvolvimento. Outro exemplo é a pandemia de H1N1 conhecida como Gripe A.
A discussão sobre se a pandemia de gripe A (H1N1) de 2009 foi uma falsa pandemia pode ser encontrada em vários documentos, incluindo artigos acadêmicos, relatórios de organizações não-governamentais, notícias e análises como:
Em “Pandemic influenza: a comparative analysis of the global pharmaceutical industry’s response” de David Stuckler e Lawrence King, um estudo acadêmico publicado na revista “The Lancet” argumenta que a pandemia foi amplamente exagerada e baseada em interesses comerciais.
Em “The swine flu affair: a world health organization scandal” de Wolfgang Wodarg, um relatório publicado pelo Parlamento Europeu que afirma que a pandemia foi uma falsa pandemia e argumenta que a OMS declarou a pandemia de forma prematura e sem o devido cuidado científico.
Após alguns anos, parece que a sociedade esqueceu do passado, embarcando num experimento que ainda hoje está a ter efeitos devastadores na economia global, e consequentemente na vida das pessoas.
É importante investigar a questão a nível europeu e nacional e fazer o balanço de tudo o que aconteceu nos últimos 2 anos, para entender melhor as causas e consequências da pandemia de COVID-19, e para garantir que as ações tomadas sejam baseadas nas melhores evidências científicas e no interesse público. Eu não estou a dizer que acredito em bruxas, mas é importante investigar e questionar a forma como a pandemia foi gerida e declarada, e se há algum tipo de interesse escondido. Pois se bem lembrarmos tudo o que aconteceu ao nível dos direitos, liberdades e garantias que nos foram retirados e das estúpidas e abusivas medidas aplicadas, poderíamos até caricaturar a pandemia de COVID-19 com uma frase de Aldous Huxley na obra admirável mundo novo:
“E agora, deixem-me apresentar-lhes o último homem. O último homem!… O homem que ama a sua servidão como se fosse sua própria liberdade.”