Bruno Fialho, presidente do partido ADN – Alternativa Democrática Nacional, considera inadmissível esta promiscuidade governativa que atribui vencimentos e indemnizações surrealistas a “boys” que andam a saltitar de empresa pública em empresa pública, como é o caso de Alexandra Reis, actual Secretária de Estado do Tesouro.
Lisboa, 25 de Dezembro de 2022 – O presidente do ADN, Bruno Fialho, mostra a sua repulsa e incompreensão em relação ao facto de Alexandra Reis ter conseguido obter uma indemnização milionária de uma empresa pública em sérias dificuldades, para imediatamente ser nomeada para outra empresa pública do mesmo sector e posteriormente para Secretária de Estado, enquanto os trabalhadores da TAP têm sido os “bombos da festa” dos portugueses, que os atacam sem razão, para depois irem votar em quem tem como objectivo destruir as nossas empresas, a fim de garantir reformas milionárias aos “boys” dos partidos.
“Sempre defendi que o problema da TAP se resumia à gestão danosa que os sucessivos governos impuseram à companhia aérea ao longo dos anos e a uma privatização que foi feita de forma a prejudicar o país e a garantir lucros aos “amigos” do costume. Relembro que a privatização foi iniciada, sem qualquer lógica de obter uma mais-valia para Portugal, pelo PSD e foi concluída de forma desastrosa pelo PS, que está mais interessado em garantir “tachos” do que a viabilização da empresa”, afirma Bruno Fialho, presidente do ADN.
“É inadmissível que um detentor de um cargo público seja indemnizado em valores obscenos, como são estes 500 mil euros pagos a Alexandra Reis, actual secretária de Estado do Tesouro, e consiga ser nomeado pouco tempo depois de ter obtido essa indemnização para outra empresa pública mantendo esse valor indemnizatório. Qualquer valor resultante de uma indemnização atribuída à saída de uma empresa pública deveria ser devolvido aos cofres do Estado sempre que essa pessoa fosse nomeada para outra empresa ou organismo público dentro do prazo que resultou para ser aferida a atribuição desse valor.”, defende Bruno Fialho.
O que aconteceu com Alexandra Reis é o que tem acontecido com outros “boys” do PS e PSD, bem como de outros partidos do regime, ao longo de décadas na TAP. Mas esta situação não acontece apenas na transportadora aérea nacional, esta promiscuidade governativa é, na minha opinião, criminosa e tem de ser travada”, denuncia Bruno Fialho.
“Se Bruxelas impôs contenção de custos à TAP e vários sindicatos foram coagidos a aceitar acordos de emergência com reduções de vencimento irracionais, como é possível termos vindo a observar esta empresa a fazer reiterados gasto obscenos com a frota automóvel, contratos de leasing sem utilização e indemnizações a “boys” do Governo que, com certeza, teriam possibilitado diminuir os cortes salariais de milhares de trabalhadores e evitar greves?”, questiona Bruno Fialho.
“Não consigo compreender como a maioria dos portugueses é forte e reivindicativa com os fracos (trabalhadores) e fraca e submissa com os fortes (governantes e partidos do regime).”, conclui Bruno Fialho