Vila Nova de Gaia , 20 de Maio de 2023
A Distrital do ADN do Porto esteve reunida e, após uma análise profunda aos acontecimentos que têm vindo a público e à actual governação socialista, defende que o executivo da Câmara de Vila Nova de Gaia não tem condições para continuar à frente de uma cidade com cerca de 320 mil habitantes e deve apresentar a sua demissão de imediato.
Tal como acontece no país, a maioria socialista na Câmara de Vila Nova de Gaia (CMVNG), que tem maioria na Assembleia Municipal, na Câmara Municipal e nas juntas de freguesia, tem provocado uma cada vez maior degradação social, política, económica e de confiança no município e entre instituições, sejam elas públicas ou privadas.
Ao longo dos anos têm existido demasiados “casos e casinhos”, que o senhor Presidente da Assembleia Municipal bem conhece e em alguns casos até teve intervenção directa, sendo que, VNG já é conhecido como o município onde quem não “alinha” com as políticas municipais é imediatamente aniquilado.
Pode até parecer estranho, mas as “Galambadas” com alguns chefes de gabinete, podiam muito bem chamar-se de “Vitoladas”, como adiante explanamos.
Em 2016, um chefe de gabinete da CMVNG, por ter discordado de prémios concedidos a “amigos” da autarquia, teve direito a uma perseguição ao melhor estilo siciliano dos anos 80 e acabou por ter a sua vida completamente destruída.
Em 2019, outro chefe de gabinete, como não prestou vassalagem às condecorações do “Rei Sol” de Gaia, para ficar calado, foi enviado para uma outra autarquia onde a presidente tem pouca paciência para discursos e gosta muito de cabritos de ferro à beira-mar.
Relativamente às mais recentes polémicas sobre a rede de transportes públicos, consideramos que as opções políticas tomadas pelo executivo da CMVNG irão permitir aos munícipes ter muito tempo para refletir nas paragens dos autocarros, isto é, se chegar a passar algum autocarro.
Em relação à análise sobre as prioridades de investimentos políticos feitas pelo executivo da CMVNG em órgãos de comunicação social, é imoral e, em nossa opinião, ilegal, que nos últimos 3 anos tenham sido pagos mais de 800 mil euros a vários grupos da mídia.
Já para não mencionar as supostas promiscuidades entre a CMVNG, a Global Media e os meios de comunicação impressos locais, onde o valor dos subsídios atribuídos pela autarquia garantem a existência de uma “guarda pretoriana” preparada para abafar qualquer voz que pretenda denunciar as “diabruras” do executivo Gaiense.
Mas se a “guarda pretoriana” da comunicação social não funcionar, temos de ter um bom “pé-de-meia” para garantir que as mãos ficam aquecidas com umas boas “luvas”. E como é que isso é facilmente conseguido? Simples, adjudicam-se milhões em contratos de serviços jurídicos externos, consultadorias, auditorias e outros serviços, mas onde o trabalho é inexistente.
Verificamos que os alertas estavam todos à nossa vista e razão têm os Gaienses que há muito tempo que não confiam no executivo camarário.
As evidências mais visíveis do descalabro do executivo da CMVNG tem como corolário a frase que os Gaienses mais proferem: “já viram a degradação das estradas?”
Neste momento o presidente da CMVNG, Vítor Rodrigues, é arguido por suspeitas de favorecimento a empresas e por alegada prevaricação na contratação de militantes do PS como funcionários da autarquia, estando indiciado pelo crime de prevaricação, e o seu vice-presidente, Patrocínio Azevedo, encontra-se em prisão efectiva no decurso das investigações de corrupção feitas na “Operação Babel”.
Estas notícias apenas confirmam tudo aquilo que denunciamos ter vindo a acontecer em Vila Nova de Gaia com os vários anos de governação do Partido Socialista, onde este não teve oposição e em que os maiores problemas locais não foram resolvidos e onde, pura e simplesmente, os problemas mais básicos de 320 mil cidadãos são sempre postos de parte.
Pelo acima exposto, o ADN apela ao Presidente da Assembleia Municipal de VNG, Albino Almeida, que dissolva o executivo da Câmara Municipal, pois, é notório que não existem condições que garantam existir o mínimo de confiança no normal funcionamento das instituições e que Victor Rodrigues, presidente da CMVNG irá querer manter-se no cargo, pois, é a única forma de manter a garantia de ter uma “guarda pretoriana” ao seu serviço.